quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Aos amigos do terceirão

Há quem diga que o ano do Terceirão (por ser um ano de provas, gabaritos, vestibulares, aulas, revisões, resumos, concorrentes, aprovações) seja um ano infernal. E ele realmente consegue ser. Afinal, a pressão (que é bem mais do que força sobre área) é imensa. Mas ele se torna melhor quando você mantém os bons amigos, conhece novos outros, divide pizzas e dá boas risadas. Mesmo que a pessoa seja seu mortal concorrente, mesmo que ela tenha escolhido um curso que você jamais faria... No começo das aulas, você torce para sair daquela sala repleta de estranhos. No meio do ano, o vestibular de inverno veio rápido demais. Depois, o que você mais deseja é que aqueles estranhos do começo do ano, que agora são parceiros, saiam-se muito bem nas provas de verão, saiam-se muito bem nos concursos pela vida, mas que jamais saiam da SUA vida. Mas não é comum a sala toda combinar de reprovar unida. Afinal, cada um deve seguir seu próprio caminho e não se pode barrar o sonho de ninguém. Mesmo que mantenhamos contato, mesmo que façamos reuniões periodicamente, não será mais igual. Por hora, só se pode falar em saudade e agradecer aos personagens que fizeram do "infernal" ano de Terceirão um 2009 foda, nostálgico desde já.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Geração ponto Google

Já imaginou quando chegar o dia em que as crianças não conhecerão mais Lego, oxigênio e piquenique? Meninos de 7 anos enviarão SMSs aos celulares de namoradas (se é que ainda existirá esse termo) e elas serão especialistas em maquiagem com pó, blush, rímel e Photoshop... Um tempo onde o esconde-esconde será jogado por GPS e a bola queimada estará nas catapultas de algum jogo de RPG. O que seria dessa geração? Eles trocariam o Mário, o Tetris e o Street Fighter por um retangulozinho touch screen, que também faz telefonemas! Ainda bem que isso é só coisa da minha cabeça... Afinal, os garotos de hoje ainda jogam bola e as meninas brincam de boneca. Winning Eleven e Buddy Poke, respetivamente.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Passei no vestibular

Passei calor na carteira apertada daquela sala escura; passei nervosismo ao corrigir os gabaritos; passei no vestibular. Não foi graças às madrugadas em claro nem às festas perdidas, pois essas não existiram: foi no meio de um terceirão repleto de gincanas e eventos. A conquista teve gostinho de vitória, oras! Tá, e farinha também... Farinha, ovo, fubá, café e folhinhas de árvore (felizmente não existiu mostarda ali no meio). Sempre pensei que minha reação ao saber seria de gritos, choros e palavrões... Ledo engano: foi bem silenciosa, mas com um sorriso que substituía qualquer outra ação. Um simples pai, passei bastou. Claro, os gritos e palavrões vieram depois, quando a ficha caiu. Afinal, eu tinha passado, p***a!!! Os amigos logo surgiam de todos os lados, todos sorridentes e sem nenhuma má intenção. Nenhuminha. A ficha caiu junto com a tonelada de responsabilidades que estavam sobre as minhas costas, mas isso não significa que eu tenha me tornado uma irresponsável... espero. Depois eu me preocupo com isso. Afinal, fui promovida, de vestibulanda a caloura. E quem se importa com o batom que não sai da testa ou com o cheiro de capuccino que fica no cabelo?

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Futuro novo lar

Não é nada complicado passar dezessete anos de sua vida (no meu caso, a vida toda) morando na mesma cidade, mesma casa, com as mesmas pessoas e sobre o mesmo chão. Difícil é abandonar isso tudo, rumo a uma nova cidade, a novas pessoas e, vejam só, uma nova casa. Ainda não fiz isso, mas tenho planos. Novos cobertores para minha nova cama já foram escolhidos, estão aqui, prontos para esse novo e indeterminado lugar. A lista ainda inclui: talheres, móveis, eletrônicos antigos e muita, mas muita, saudade a ser superada.

Pedidos

Por favor, não deixe que minhas meias-palavras te impeçam de dizer uma frase inteira ou até mesmo começar um novo diálogo. Peço também que não se importe com a minha irritante capacidade de pular de um assunto para outro em menos de um segundo, e depois voltar ao primeiro tema. Ignore o fato de eu nunca me decidir sobre o comprimento do meu cabelo e sempre esperar pelas quintas-feiras. Entenda que eu não sou tão romântica assim, apesar das várias tentativas. Não tente me acalmar quando procuro algum lugar para jogar o lixo e o máximo que encontro é uma calçada abandonada. Ver você triste quando estou triste faz com que a bola de neve acelere quilômetros e role ladeira abaixo. Por favor, não fique triste. Não perca o seu jeito de falar "putz", quando algo não dá certo ou quando você esquece o inesquecível. Esqueça-se da data em que nos falamos pela primeira vez, mas não esqueça o quanto gosto de te ouvir tocando gaita. Esqueça-se de todos esses pedidos já citados, esqueça-se de me dizer "adeus, pra sempre" e fica tudo numa boa.